quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Eu estou cansada.
Cansada dessa cidade, desse barulho de carros... Dessas pessoas sem personalidade. Desses jovens com o cabelo pro lado beijando pessoas do mesmo sexo só por que tá na moda (não é preconceito, mesmo por quê eu também beijo pessoas do mesmo sexo)... Não aguento mais esses empregos que querem transformar um ser humano de carne, osso e sentimentos numa máquina de fazer dinheiro e nada mais.
Acho que não farei muita falta.
Até pro César acho que não faria falta... Ele anda meio distante... Eu cansei de mim mesma. Eu odeio o mundo, odeio com todas as minhas forças, mas a pessoa que mais odeio mesmo sou eu... eu estou extremamente insatisfeita com a minha vida sendo que nesse momento tem pessoas que estão sofrendo muito mais que eu e não reclamam tanto. Eu sou fraca e covarde. Eu não suporto mais isso tudo. Eu quero dar um basta nisso, mas me falta coragem... me falta muita coragem... eu acho que não tenho... Mas eu vou tentando tomar coragem... talvez seja melhor pra mim...

Não sei qual o sentido disso tudo... não sei o que faço aqui nessa planeta maldito... por quê tenho essa vida... por que eu sou eu... por quê nasci nessa época mediocre... É tudo tão estranho. Aaaai... quero ir embora... me isolar sozinha e nunca mais ter que voltar pra esse sistema que eu odeio. Eu odeio a solidão mas.... um dia ninguém vai lembrar de mim mesmo.

Já estou cheia
de me sentir vazia
Meu corpo é quente
Estou sentindo frio
Todo mundo sabe
Ninguém quer mais saber
Afinal amar ao próximo é tão demodé...

3 comentários:

  1. O importante não é você ser lembrada, o importante é você fazer sua vida valer a pena e não desistir nunca de viver e ser feliz até que encontre esse caminho.

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  2. Como se escreve?...


    Quando Joey tinha somente cinco anos, a professora do Jardim de Infância pediu aos alunos que fizessem um desenho de alguma coisa que eles amavam.
    Joey desenhou a sua família. Depois, traçou um grande círculo com lápis vermelho ao redor das figuras. Desejando escrever uma palavra acima do círculo, ele saiu de sua mesinha e foi até à mesa da professora.
    Professora, como a gente escreve...?
    Ela não o deixou concluir a pergunta. Mandou-o voltar para o seu lugar e não se atrever mais a interromper a aula. Joey dobrou o papel e o guardou no bolso.
    Quando retornou para sua casa, naquele dia, ele se lembrou do desenho e o tirou do bolso. Alisou-o bem sobre a mesa da cozinha, foi até sua mochila, pegou um lápis e olhou para o grande círculo vermelho.
    Sua mãe estava preparando o jantar, indo e vindo do fogão para a pia, para a mesa. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para ela.
    Mamãe, como a gente escreve...?
    Menino, não dá para ver que estou ocupada agora? Vá brincar lá fora. E não bata a porta. - Foi a resposta dela.
    Ele dobrou o desenho e o guardou no bolso. Naquela noite, ele tirou outra vez o desenho do bolso. Olhou para o grande círculo vermelho, foi até à cozinha e pegou o lápis. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para seu pai.
    Alisou bem as dobras e colocou o desenho no chão da sala, perto da poltrona reclinável do seu pai.
    Papai, como a gente escreve...?
    Joey, estou lendo o jornal e não quero ser interrompido. Vá brincar lá fora. E não bata a porta.
    O garoto dobrou o desenho e o guardou no bolso. No dia seguinte, quando sua mãe separava a roupa para lavar, encontrou no bolso da calça do filho, enrolados num papel, uma pedrinha, um pedaço de barbante e duas bolinhas de gude.
    Todos os tesouros que ele catara enquanto brincava fora de casa. Ela nem abriu o papel. Atirou tudo no lixo.
    Os anos rolaram...
    Quando Joey tinha 28 anos, sua filha de cinco anos, Annie fez um desenho. Era o desenho de sua família. O pai riu quando ela apontou uma figura alta, de forma indefinida e disse:
    Este aqui é você, papai!
    A garota também riu. O pai olhou pra o grande círculo vermelho feito por sua filha, ao redor das figuras e lentamente começou a passar o dedo sobre o círculo.
    Annie desceu rapidamente do colo do pai e avisou:
    Eu volto logo!
    E voltou. Com um lápis na mão. Acomodou-se outra vez nos joelhos do pai, posicionou a ponta do lápis perto do topo do grande círculo vermelho e perguntou:
    Papai, como a gente escreve amor?
    Ele abraçou a filha, tomou a sua mãozinha e a foi conduzindo, devagar, ajudando-a a formar as letras, enquanto dizia:
    Amor, querida, amor se escreve com as letras t...e...m...p...o.

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  3. Hei gata, o que tá acontecendo? Com seus familiares eu entendo, são coisas da vida.. (tudo bem que assim, um atrás do outro é estranho G_G). Mas com você... Não estou entendendo esse ódio repentino do mundo!

    Entendo que você ame de mais a sua avó. Também queria ter ido com meu pai. Eu o amava... Muito, meu pai era o melhor homem do mundo. Mas aí eu parei pra pensar, na dor que meus outrso familiares e amigos sentiriam. A perda do meu pai pra todos foi uma coisa inesperada... numa semana ele estava vivo, sorrindo pra tudo e pra todos e na outra... Bom, o que importa é que eu pensei em todos ao meu redor... Pensei em como minha mãe faria pra criar meu irmão e eu. E se algum dia alguém precisar de mim e eu não estiver mais aqui?

    Olha, pense um pouco mais sobre 'se isolar'. Entendo perfeitamente como é isso. Mas você não pode fugir quando alguém pode precisar de você...

    Me arrependo amargamente de não ter ido visitar meu pai quando tive chance... No dia seguinte ele faleceu! Não fique com pena nem com essa história toda na cabeça! Apenas tome como lição!

    Odeio te ver nesse estado. E queria estar com você nesse momento!

    Desculpa!

    Te amo....

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