sábado, 14 de novembro de 2009

Pluralidade de Ideias

Uh.Uh. Que título mais... intelectual não é?...
Há muito tempo eu estava querendo promover um debate entre meus amigos de ideias distintas: o cara de FEUSP (que é comunista), o Mini-padre (aristotélico tomista), o Luiz Lima (que é anarquista), meu prof de Filosofia (aristotélico tomista). Esse debate aconteceu hoje no Centro Cultural São Paulo (um dos lugares mais maravilhosos dessa cidade, lá eu estudo, leio, converso, briso, beijo, descanso, penso na vida, penso em nada, enfim...). Mas INELIZMENTE, INLFELIZMENTE MEEESMO, meu prof não pôde ir. E foi uma amiga do cara da FEUSP, ela é do mesmo movimentos estudantil que ele. Eu já a conhecia. Ela é bacana.
O debate não foi tãããão repleto de controvérsias como eu queria. É chato por que você fala algo contra por exemplo a Antiga URSS, o outro já diz: "ah, eu não li o livro de onde você tirou essa fonte. Deve ser mentira"... O negócio é já irmos com um assunto certo pra debater, onde todos já leram as fontes que utilizaremos, ou ao menos, ter ciência de que são verídicas. Se meu prof tivesse lá, ele ia acabar com todo mundo. Ele sim é autêntico, não tem medo de se opor a ninguém. Eu o admiro muito nisso. E se ele não fosse aristotélico tomista, iria me espelhar nele em mais coisas... Acontece que a maioria de nossas ideias não batem.

Voltando... Acho extremamente importante a pluralidade de ideias. Cada um pensar da sua forma, ter a sua autonomia, a sua opinião e todos ali menos os comunistas, concordam comigo. Aliás, é exatamente por esse motivo que não sou mais socialista. Ainda me auto-intitulo comunista, mais anarquista do quê comunista, mas socialista novamente ou marxista não! Não quero dogmas na minha cabeça, nem nada que tire aquilo que mais amo: a liberdade. Sou adepta do marxismo sim, mas assim como Marx criticou seus mestres (Fuerbach e Hegel) e aplicou a dialética (pensamento que tem como lógica a contradição: primeiro você tem uma afirmação, depois a negação da afirmação, e depois a negação da negação, assim infinitamente), eu também estou fazendo o mesmo! Marx como economista foi muito bom, talvez quase perfeito. Agora como filósofo, foi deprimente. Sua filosofia é muito pobre, falta muita coisa, e ele ainda por cima acha que a filosofia morre com ele, que depois dele não vai mais precisar existir filósofos! Ele já basta. E não é assim, ah não é meeeesmo. Amo Marx, mas sou autêntica de mais pra seguir sua ciência, e outra... só o fato de você ser marxista no aspecto filosófico já é contraditório, pois se Marx usava como lógica a dialética, significa que tudo muda, então como pode querer seguir essa ciência de 150 anos atrás? Se ele criticou os mestres dele, por que eu não posso criticar ele (que é meu primeiro mestre)?...
Bom, depois a gente fala sobre isso. A questão é que naquele debate eu tava do lado do Luiz que é um cara muuuuuuuuuito louco, muuuuito maluco beleza, muito cigano, enfim... Adooooro. Aliás, ele me deu um livro do Raul Seixas!!!!! Chama-se "Raul por ele mesmo" e eu fiquei emocionada. É a segunda vez que nos vemos e ele me deu um livro. Cara, estou louca pra ler esse livro, pois Raul Seixas está se tornando um mestre pra mim também. As suas ideias, as suas músicas, a sua autenticidade, enfim... esse anarquista me faz refletir muuito, afinal eu não quero ser mais um sujeito normal e fazer tudo igual.

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